segunda-feira, 9 de setembro de 2024

GILDA

Título Original: Gilda
Diretor: Charles Vidor
Ano: 1946
País de Origem: Senegal
Duração: 110min

Sinopse: Um apostador contratado para trabalhar em um cassino de Buenos Aires descobre que a nova esposa de seu chefe é seu antigo amor.
 
Comentário: Indicado ao Grande Prêmio do Festival de Cannes (ainda não existia a Palma de Ouro nessa época). O filme é recheado de um machismo misógino que faz com que o filme não tenha envelhecido tão bem, portanto é preciso deixar isto de lado para aproveitar a sessão. Rita Hayworth está deslumbrante (falar mais sobre isso seria redundante), cativa e merecia uma indicação ao Oscar pela entrega ao papel, mas naquela época as indicações eram mais para papéis melodramáticos. Tive vários gatilhos da minha vida que não vêm ao caso, mas já cheguei a ter uma planta que cuidei por mais de vinte anos com o nome de Gilda por conta deste filme, enfim... demoraria demais para explicar aqui (hahahaha). Glenn Ford está ótimo, e a direção de Vidor é perfeita. Um filme, que mesmo com os defeitos para os padrões de hoje ainda é muito bom de se assistir, a nota continua alta.


quarta-feira, 4 de setembro de 2024

GENTE DO PÓ

Título Original: Gente del Po
Diretor: Michelangelo Antonioni
Ano: 1947
País de Origem: Itália
Duração: 11min

Sinopse: Primeiro documentário de Michelangelo Antonioni, onde ele já revela seu estilo consistente em retratar a paisagem interior do homem em sua relação com a paisagem que o circunda. Aqui, o cineasta documentou a vida dos barqueiros e dos ribeirinhos do vale do rio Pó.

Comentário: Foi aqui que Antonioni se apresentou para o mundo como diretor, nesse curta documental de onze minutos. Foi filmado em 1943, mas devido a II Guerra Mundial em curso, foi editado somente em 1947, ano de seu lançamento. A música de Mario Labroca dispensa qualquer texto adicionado, as imagens são como poesia e a música combina muito bem com ela. Apesar do texto servir para contextualizar um pouco as coisas, achei que não era nem um pouco necessária. As imagens são lindíssimas, Antonioni já mostra aqui seu talento e todo o seu olhar técnico do que se tornaria dali em diante. Não há uma história, uma narrativa, mas mesmo assim cria-se uma atmosfera nostálgica e histórica.