sexta-feira, 16 de agosto de 2024

A MARCA DA MALDADE

Título Original: Touch of Evil
Diretor: Orson Welles
Ano: 1958
País de Origem: EUA
Duração: 110min

Sinopse: Ao investigar um assassinato, Ramon Miguel Vargas (Charlton Heston), um chefe de polícia mexicano em lua-de-mel em uma pequena cidade da fronteira dos Estados Unidos com o México, entra em choque com Hank Quinlan (Orson Welles), um corrupto detetive americano que utiliza qualquer meio para deter o poder.

Comentário: Que Welles era um gênio, isso é indiscutível, sempre protelei ver este filme da mesma maneira que protelo ler todos os livros do Hemingway, porque daí não vai sobrar nenhum. Assisti a versão restaurada editada conforme especificações do diretor, nunca vi a anterior. É um filme noir básico em muitos aspectos e tenho certeza que Welles sabia disso, é quase como se ele fizesse uma homenagem ao gênero (Marlene Dietrich e seus momentos acho que condizem com minha linha de pensamento), é como se Welles pegasse todo o caldo do noir da década de 30 e subvertesse em algo seu, em algo novo que parecesse o mesmo em alguns aspectos. Janet Leigh, mesmo subaproveitada brilha, mas é Welles que desafia as leis das artes cênicas (se houvessem tais leis) em sua atuação impressionante de Hank Quinlan, com todo o respeito ao David Niven que ganhou o Oscar naquele ano por Vidas Separadas, mas que atuação monstro do Welles aqui. Até o Heston convence um pouco como mexicano.


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