terça-feira, 22 de março de 2016

QUANDO UM HOMEM É HOMEM

Título Original: McLintock!
Diretor: Andrew V. McLaglen
Ano: 1963
País de Origem: EUA
Duração: 127min

Sinopse: O Duke estrela como George Washington McLintock, um altivo e desafiador barão do gado, cuja filha Becky (Stefanie Powers) volta da faculdade. Mas o feliz reencontro de G.W. com sua filha é tumultuado pela chegada de sua teimosa esposa Katherine (Maureen O'Hara), que o abandonara dois anos antes. Duelos verbais explodem, brotam encrencas e confusões. e a "reconciliação" dos dois culmina com o maior quebra-pau do lado de cá do Mississippi!

Comentário: Um dos filmes mais fracos que já assisti do John Wayne, porém consegue ter seus momentos, diverte, mas envelheceu mal, com conceitos machistas que não se encaixam muito bem nos dias de hoje. Segue um pouco o ritmo cômico de Fúria no Alasca, mas é inferior ao filme de 1960. Podemos ver um John Wayne mais à vontade atuando com amigos e familiares, Maureen O'Hara está deslumbrante e a direção é bastante competente. Faltou uma trama paralela mais trabalhada, o lance com os índios (por exemplo) poderia ter tido alguma relevância maior para o enredo. Final fraco. Chegamos a 400 filmes comentados no blog!


O DIABO

Título Original: Il Diavolo
Diretor: Gian Luigi Polidoro
Ano: 1963
País de Origem: Itália
Duração: 105min

Sinopse: Alberto Sordi tem um desempenho cômico, profundo e comovente como um comerciante de peles italiano que está indo para a Suécia pela primeira vez para participar dos leilões de peles que acontecem em Estocolmo todos os anos. O filme retrata o conflito entre suas fantasias sexuais com a realidade que ele encontra na Suécia.

Comentário: O filme é muito bem construído e é muito mais do que aparenta ser. Atuação estupenda de Sordi, que nunca vi nenhum filme onde deixou a desejar na atuação. O filme é um debate religioso, moral e cultural da sociedade reprimida italiana da época (onde nem o divórcio era permitido). A questão sexual é apenas um pretexto para a comédia em que o diretor soube trabalhar muito bem. O filme se arrasta um pouco e bate muito na mesma tecla, mas não deixa a peteca cair, Sordi carrega o filme nas costas e atua como o único protagonista, não foi a toa que ganhou o Globo de Ouro como Melhor Ator em Comédia ou Musical por este filme, tirando o prêmio das mãos de Jack Lemmon que estava indicado por dois filme (entre eles Irma La Douce) e Cary Grant (indicado por Charada).


quarta-feira, 2 de março de 2016

JOSEPH KILIÁN

Título Original: Postava k Podpírání
Diretores: Jan Schmidt & Pavel Jurácek
Ano: 1963
País de Origem: Checoslováquia
Duração: 37min

Sinopse: O média metragem é baseado na obra "O Processo" de Franz Kafka. Pavel Juracek e Jan Schmidt exploram com muito humor negro e surrealismo as condições impostas aos cidadãos tchecos sob um regime comunista. Do absurdo das situações atordoantes, desinformações, labirintos cinzas da cidade cinza, ao incrível sistema de aluguel de gatos, o filme encerra em si uma importante questão: Por quê?

Comentário: Incrível média metragem onde os escritores (e também diretores) não se preocuparam em fazer algo seguindo fielmente o livro de Kafka (O Processo), mas sim brincaram com muita desenvoltura sobre os absurdos do livro de uma maneira diferente, onde a loja de aluguel para gatos figura, por exemplo, como a melhor parte do enredo. O livro serve apenas como referência, portanto não é uma adaptação, não assistam pensando em ver algo próximo ao livro. As partes de ligação com a obra literária são bem nítidas, a crítica ao sistema "socialista" é o foco de tudo, mas as pitadas surrealistas (que não ficam devendo em nada para o mestre Buñuel) é que dão o tom. O diretor Pavel Jurácek já havia trabalhado como roteirista do filme Viagem ao Fim do Universo.


CLEÓPATRA

Título Original: Cleopatra
Diretor: Joseph L. Mankiewicz
Ano: 1963
País de Origem: EUA
Duração: 252min

Sinopse: O filme narra a ascensão e o declínio de Cleópatra, rainha do Egito, sua luta para defender o império das ambições políticas e territoriais de Roma, e seu relacionamento com Júlio César e Marco Antônio.

Comentário: Um dos filmes mais polêmicos da história (pela grandiosidade, por quase levar o estúdio a falência, pela estonteante Elizabeth Taylor, pelas exigências de Rex Harrison, enfim... têm histórias de monte ao redor da produção). Fato é que realmente o filme enche os olhos, é esteticamente maravilhoso, muito bem dirigido e a Liz nunca esteve tão bonita. Pode-se dizer que ele é dividido em duas partes, e foi a primeira que mais me cativou, Rex Harrison está muito bem no papel de Julio César. A segunda parte mostra que Richard Burton e Elizabeth Taylor não tinham a mesma química no filme como tinham fora dele. O que me incomodou é que não achei a Cleópatra como protagonista, mas sim como uma coadjuvante entre Harrison e Burton, achei que ela iria ser o centro das atenções mais do que foi. O filme demora, mas não cansa, e mesmo não seguindo fatos históricos, consegue ser uma boa obra fictícia que pega alguns fatos aqui e outros acolá. Vale a pena assistir. Martin Landau novinho quase irreconhecível.