quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

O SÉTIMO SELO

Título Original: Det Sjunde Inseglet
Diretor: Ingmar Bergman
Ano: 1957
País de Origem: Suécia
Duração: 97min

Sinopse: Após dez anos, um cavaleiro (Max Von Sydow) retorna das Cruzadas e encontra o país devastado pela peste negra. Sua fé em Deus é sensivelmente abalada e enquanto reflete sobre o significado da vida, a Morte (Bengt Ekerot) surge à sua frente querendo levá-lo, pois chegou sua hora. Objetivando ganhar tempo, convida-a para um jogo de xadrez que decidirá se ele parte com a Morte ou não. Tudo depende da sua vitória no jogo e a Morte concorda com o desafio, já que não perde nunca.

Comentário: Vencedor do Prêmio Especial do Juri no Festival de Cannes, empatado com o filme Canal. Tinha assistido quando moleque e sempre figurou entre meus preferidos, ensaiava de rever fazia anos, continua tão bom quanto me lembro, mas não é mais o meu preferido do diretor (Prefiro o Através de um Espelho). Acho que chega a ser um dos filmes mais pop do diretor, de fácil digestão, porém com todos os elementos de um Bergman. Gunnar Björnstrand está melhor que qualquer um no elenco como o escudeiro Jöns, rouba a cena toda hora que aparece. O que vale, como em quase todos os filmes do diretor, são os diálogos no meio de ações mundanas, o cenário da peste e dos momentos clássicos do jogo de xadrez com a Morte são mero detalhes. Achei a personagem da Bibi Andersson meio perdida no meio da história, mas passa. A cena da inquisição com a bruxa ainda é a minha preferida. Filme obrigatório!


domingo, 5 de fevereiro de 2023

SORRISOS DE UMA NOITE DE AMOR

Título Original: Sommarnattens Leende
Diretor: Ingmar Bergman
Ano: 1955
País de Origem: Suécia
Duração: 109min

Sinopse: Na Suécia, na virada do século, membros da classe alta e seus empregados se encontram em um emaranhado romântico que tentam resolver no decurso de uma noite em meio a ciúmes e corações partidos.

Comentário: Vencedor do Prêmio Humor Poético no Festival de Cannes, obviamente que ele não existe mais nas edições contemporâneas do festival. Eu simplesmente amo essas comédias românticas descompromissadas do Bergman, principalmente porque ela tem tanto a nos dizer. Os diálogos são cortantes como faca afiadas, a cena da Sra. Armfeldt na cama conversando com a filha é uma das cenas mais engraçadas de toda a filmografia do mestre sueco. A conversa de Petra e seu recente amante deitados no feno é das coisas mais sublimes que eu já vi em um filme. Amei de todo coração esse filme. O final era previsível desde as primeiras cenas, mas a previsibilidade é o que menos importa em todo filme. Amei!


sábado, 4 de fevereiro de 2023

O PECADO MORA AO LADO

Título Original: The Seven Year Itch
Diretor: Billy Wilder
Ano: 1955
País de Origem: EUA
Duração: 104min

Sinopse: Richard Sherman, é um editor de livros que sente-se "solteiro" quando a mulher e o filho viajam em férias. Ele começa então a ficar cheio de ideias quando uma bela e sensual jovem, que é modelo e sonha ser atriz, torna-se a sua vizinha.

Comentário: Me espanta o tanto de gente que tenta problematizar o filme, pessoas que talvez desconhecem o trabalho de Wilder e não sacaram o tom do filme. O filme é uma crítica social incrível, onde todos os personagens são esteriótipos exagerados, mas ao mesmo tempo ninguém é o que parece. O marido não se sente tão seguro no casamento, a vizinha gostosa é a mais inteligente de todos ali, o psiquiatra está muito mais interessado em ganhar dinheiro e alguns machões não pegam ninguém. A própria liberdade sexual da personagem vivida por Marilyn é algo extremamente inovador no filme, acho que inédito para o cinema americano e mais discutido na época por nomes como Ingmar Bergman, por exemplo. Divertido e que ainda funciona muito bem como crítica nos dias de hoje. Wilder foi um dos maiores gênios do cinema americano.