terça-feira, 30 de junho de 2015

SANJURO

Título Original: Tsubaki Sanjûrô
Diretor: Akira Kurosawa
Ano: 1962
País de Origem: Japão
Duração: 96min

Sinopse: Depois de superar todos os desafios do filme anterior, o samurai sem nome (Toshirô Mifune) une-se a um grupo de jovens idealistas que estão determinados a acabar com a corrupção que há em sua cidade. Porém, este cínico samurai está muito aquém dos conceitos ideais que esses jovens têm de um nobre guerreiro.

Comentário: Não acho que seja melhor que "Yojimbo, O Guarda-Costas", mas não fica muito longe. Akira Kurosawa volta a dirigir Mifune interpretando o samurai sem nome (que originou a trilogia do Sergio Leone transportada para o faroeste com o Clint Eastwood). O personagem é impagável, muito bom, gostaria de mais uns cinco filmes com ele. Kurosawa sempre magnânimo na direção. O filme é leve, tem partes engraçadas e uma boa história pra amarrar tudo. A cena final é ótima e a trilha sonora continua perfeita, como no filme anterior. Acho que faltou mais momentos de tensão, mas é a única crítica que consigo fazer ao filme.


OS CAFAJESTES

Título Original: Os Cafajestes
Diretor: Ruy Guerra
Ano: 1962
País de Origem: Brasil
Duração: 90min

Sinopse: Jovem playboy preocupado com a falta de dinheiro quando seu pai está a ponto de ir à falência, recruta um cúmplice, prometendo a este um carro se ele ajudar em seu esquema de chantagem. Eles atraem a amante do tio até uma praia deserta e a fotografam nua. O playboy planeja extorquir dinheiro de seu tio rico com as fotos, mas as coisas não acontecem como o planejado.

Comentário: O filme é famoso por mostrar o primeiro nu frontal do cinema brasileiro, mas tem vários outros pontos que merecem comentário. Primeiramente, a direção de Ruy Guerra é fantástica, faz do filme uma nouvelle vague que não fica devendo em nada pra qualquer filme francês da época. Tomadas magníficas, sendo a famosa cena de nu frontal, com Norma Bengell (Não sei porque está Benguel no cartaz), apenas uma delas. Outro ponto é o descaramento do subversivo, que deve ter chocado muita gente na época, como os personagens fumando maconha em vários momentos. Norma Bengell está deslumbrante, trabalha bem e tal, mas pra mim, quem rouba a cena é Lucy de Carvalho: que mulher é essa minha gente? Uma pena que tenha feito tão poucos filmes, tentei pesquisar e não achei quase nada sobre ela. Já tinha chamado minha atenção em Barravento, mas não como aqui. O filme se perde em alguns pontos, algumas partes confusas e cenas forçadas, mas nada que o estrague.


segunda-feira, 29 de junho de 2015

OS 4 CAVALEIROS DO APOCALIPSE

Título Original: The 4 Horsemen Of The Apocalypse
Diretor: Vincente Minnelli
Ano: 1962
País de Origem: EUA
Duração: 147min

Sinopse: O alemão Karl Von Hartrott (Paul Lukas) e o francês Marcelo Desnoyers (Charles Boyer) emigraram para a Argentina após a 1ª Guerra Mundial, onde se tornam cunhados ao se casarem com as únicas filhas de Julio Madariga (Lee J. Cobb), um rico fazendeiro argentino. Karl tem três filhos homens e Marcelo, um casal de filhos, Julio (Glenn Ford) e Chichi (Ivette Mimieux). O tempo passa e os netos de Madariga se tornam adultos, sendo que os filhos de Karl viajam a Alemanha para concluírem seus estudos. Às vésperas da Segunda Guerra Mundial, a família de Karl retorna à Argentina e todos se reúnem num grande jantar, e para decepção de Madariga, seus netos alemães se tornaram oficiais nazistas, inclusive seu genro Karl. Começa um grande conflito familiar, que leva toda a família à Paris invadida pelos nazistas.

Comentário: O filme é bom, a direção de Minnelli é sempre competente e novamente ele dá um show em construção de personagens e conflitos pessoais entre familiares, mas ainda prefiro o Herança da Carne. O filme tem um ritmo muito inconstante, prende a atenção e dispersa com muita facilidade. Talvez poderia ser menor. Glenn Ford era um puta ator, uma pena ser lembrado só como o pai do Superman do filme de Richard Donner. A personagem de Ivette Mimieux foi muito mal trabalhada, poderia ter algum destaque maior. O relacionamento principal também tem momentos muito apagados. Um filme bom, legal, mas que faltou alguma coisa, um algo mais.


VIDA PRIVADA

Título Original: Vie Privée
Diretor: Louis Malle
Ano: 1962
País de Origem: França
Duração: 90min

Sinopse: Jill é uma jovem de dezoito anos que tem uma vida confortável de classe média alta com sua mãe viúva na Suíça, e desenvolve uma paixão não correspondida por Fabio, o marido de uma amiga. Ela se muda então para Paris para trabalhar como modelo e dançarina e é descoberta por um produtor, que a transforma numa grande estrela de cinema. As pressões e o incômodo da fama, do assédio dos fãs e da imprensa afetam sua vida e sua mente de tal maneira que ela retorna à Suíça para se recuperar e lá tem um caso de amor com o agora divorciado Fabio, mas a pressão da fama continua a persegui-la, o que levará a trágicas complicações em sua vida privada.

Comentário: O filme é cheio de acertos e erros. A direção e a música casaram muito bem, assim como Brigitte Bardot que é sempre um acerto. Gostei também da comparação entre a vida de Brigitte com a personagem, que se misturam em um caleidoscópio de biografia e ficção. Marcello Mastroianni é um dos meus atores preferidos, mas a ideia de dublarem a voz dele simplesmente coloca ele como um dos erros do filme, o ator francês Michel Auclair fez a dublagem, que não teve como deixar a atuação natural e digna dele. O ritmo do filme não convence muito, e o final é desastroso, não gostei nem um pouco. A alfinetada no machismo da época (que infelizmente não é exclusivo da época) é o que o filme tem de melhor para gerar discussão.


segunda-feira, 15 de junho de 2015

TOTÒ NA NOITE

Título Original: Totò di Notte Nº1
Diretor: Mario Amendola
Ano: 1962
País de Origem: Itália
Duração: 93min

Sinopse: Totó e Macário formam uma dupla de contrabaixistas que se apresentam na rua e vivem sem um tostão. Graças a uma herança recebida por Mimi (Ermínio Macário), Nini Chanteclair (Totó) se aproveita para sair de Roma e viajar por várias cidades: Paris, Londres, Edimburgo, Madri, Hong Kong.  Em cada uma delas tudo pode acontecer.

Comentário: O filme é regular, com pontos altos e pontos baixos. O número de partes musicais atrapalham o desenvolvimento em alguns momentos, mas tem alguns que são excelentes e dá o tom picante e interessante para o filme, em outros. O Strip Tease na França foi o melhor, mas a dançarina do twist na Espanha também foi uma graça. Totò sempre sendo ele mesmo, você meio que já sabe o que vai assistir quando é um filme com ele. O ritmo fica repetitivo depois de um tempo, quando eles chegam na América você já quer que o filme termine logo. Há muitos filmes melhores com o Totò, este só indico pra quem for fã do ator mesmo. Macário também está bem no papel, de dar dó o tempo todo. Acho que foi o primeiro filme colorido que assisti com o Totò, as cores estão ótimas e caiu como uma luva para o filme. O filme teve uma continuação chamada Totòsexy (talvez por isso o Nº1 do título original, mas acabaram mudando o título da continuação e não teve o Nº2).


OS TRÊS PATETAS EM ÓRBITA

Título Original: The Three Stooges in Orbit
Diretor: Edward Bernds
Ano: 1962
País de Origem: EUA
Duração: 87min

Sinopse: Os Três Patetas estão numa sinuca de bico! Falidos, eles estão com um prazo de 10 dias para criarem novos esquetes para seu programa de TV, caso contrário serão despedidos, e, para piorar, são expulsos por sua senhoria por cozinhar no seu quarto na pensão. Procurando um novo lar, os Patetas vão parar na casa do Professor Danforth, que está convencido de que os marcianos irão invadir a Terra, e convence os Patetas a proteger sua nova invenção, uma embarcação militar com a capacidade de mover-se sobre o solo, ar, água, e até mesmo como uma nave espacial em órbita. Acontece que o Mordomo do Professor é um espião marciano disfarçado de humano, e agora está o dilema: conseguirão os Três Patetas salvar a Terra, seu programa de televisão e sua nova casa? Os marcianos conseguirão destruir nosso planeta? Será que os Patetas vão conseguir fazer seu café da manhã sem serem despejados?

Comentário: Cara, como eu amo os três patetas! É sempre diversão garantida e de quebra ainda me lembro do meu avô. Sempre digo que as pessoas tem que ter tanto um Beatle favorito quanto um pateta, mas as pessoas riem de mim. Apesar de já estarem velhos o filme foi um sucesso na época, era visível que não eram mais os mesmos depois da morte de Curly e Shemp Howard (os irmãos de Moe e antigos integrantes da trupe), mas ainda tinham um gás. O filme pega bem o clima de filmes de ficção dos anos 60, marcianos toscos, invasão alienígena e coisas afim, mostrando que o trio conseguia se adaptar ao mercado muito bem. Curly-Joe (Joe DeRita), amigo de longa data dos comediantes e o último pateta que entrou no lugar de Curly e Shemp, consegue se adaptar muito bem ao formar este novo trio. Engraçado como o filme retrata os patetas como eles estavam mesmo nesta época, falidos, com programa de televisão cancelado e tentando de todo jeito sobreviver como dava dentro do mundo da mídia. Destaque para o ator Emil Sitka, que interpreta o professor maluco, está genial no papel. (PS: Moe era o meu pateta favorito e Harrison o meu Beatle).


sexta-feira, 12 de junho de 2015

GAROTO-ESTILINGUE

Título Original: Práče
Diretor: Karel Kachyňa
Ano: 1960
País de Origem: Checoslováquia
Duração: 82min

Sinopse: Envolve a história de um garoto tcheco que é resgatado de um campo de concentração e levado a unidade encarregada da lavanderia do Exército Tcheco sob o comando Soviético. Ele torna-se o mascote da unidade, e é batizado com o nome de Garoto-Estilingue (Práče). Em referência aos garotos tchecos que lutavam com estilingues no Exército Tcheco dos Hussites no século XV.

Comentário: Ah, esses filmes da Checoslováquia... impossível não amar. O filme tem um lirismo, uma leveza e ao mesmo tempo é tão denso e pesado que assusta. O personagem principal é uma fofura que você só quer abraçar. A simbologia com pássaros mortos, presos e livres permeiam o filme dando uma carga simbólica muito importante para o seu desenvolvimento. O filme emociona, diverte e dramatiza muito bem. A direção é ótima, o desenvolvimento é perfeito (e ao meu ver), tem até uma polêmica bem sutil de apresentar um personagem homossexual entre o batalhão da lavanderia. A cena inicial e a cena final são lindas demais. (PS: Enquanto escrevia esse texto, entrou três crianças judias na loja de brinquedos em que trabalho, e me deixou mais revoltado com os crimes hediondos que o nazismo perpetrou, eram crianças... CRIANÇAS!).


O TERROR VEIO DO ESPAÇO

Título Original: The Day Of The Triffids
Diretor: Steve Sekely
Ano: 1962
País de Origem: Inglaterra
Duração: 94min

Sinopse: Em 1963, o diretor inglês Steve Sekely adaptou para as telas o clássico livro escrito por John Wyndham. É a história de uma chuva de meteoritos que causa cegueira na maior parte da população terrestre, além de afetar um determinado tipo de flores, transformando-as em plantas carnívoras com a capacidade de locomoção.

Comentário: O filme é divertido, mas o que chama a atenção é na enorme quantidade de obras que usam ele de referência nos dias de hoje. Ensaio Sobre a Cegueira é a mais evidente delas e não tem como não traçar um paralelo, mas não para por aí, lembrei de Sinais, Nação Alien e vários outros. O clima do filme é meio repetitivo, e as histórias não se conectam muito bem, mas vale pela criatividade e pela diversão. Não sei se houve algum problema durante as filmagens, mas além de Steve Sekely, há um outro diretor não creditado no filme (Freddie Francis), que ficou famoso como diretor de fotografia por filmes como Os Inocentes, Cabo do Medo (de Martin Scorsese) e por alguns filmes de David Lynch: O Homem Elefante, Duna e Uma História Real, sendo este último o seu último trabalho antes de falecer em 2007. Vale a pena assistir só pra quem curte este gênero de ficção científica dos anos 60.


sexta-feira, 5 de junho de 2015

OS 300 DE ESPARTA

Título Original: The 300 Spartans
Diretor: Rudolph Maté
Ano: 1962
País de Origem: EUA
Duração: 109min

Sinopse: Baseado em acontecimentos reais ocorridos na Grécia em 490 a.C., este incrível drama conta com Richard Egan como o soldado grego Leônidas, que comandou 300 soldados espartanos contra o poderoso exército persa na batalha de Thermopylae. Impossibilitado de recrutar os soldados necessários para defesa de uma passagem grega pelas montanhas contra o rei da Pérsia Xerxes, Leônidas não hesita em preparar-se para a batalha. Com a sua magnífica fotografia, realismo e trilha sonora, esta história de coragem e auto-sacrifício é uma obra-prima da cinematografia.

Comentário: Chegamos ao filme de nº 300 postado no blog e a escolha sugestiva foi bem arquitetada! Não tem como não comparar com o filme 300 de 2007, mas acho que este de 1962 tem pontos melhores e pontos piores em relação ao seu irmão mais novo. O filme começa com aquele pedantismo americano com um espartano chamando o império persa de escravistas (hein? Como assim? Esparta não tinha escravo?), daí parece que o diretor esquece desse diálogo e tem outro falando dos espartanos como escravistas também e fico imaginando a confusão do telespectador leigo. O ponto positivo são para as batalhas, com uma carga mais realista, sem encenação pra câmera pra parecer bonito. O que fode é a história de amor no meio do filme, um jovem espartano nem tinha autorização para se casar antes de atingir a idade de 30 anos. Gregos falando inglês me incomoda e ponto.


ARMADILHA

Título Original: Otoshiana
Diretor: Hiroshi Teshigahara
Ano: 1962
País de Origem: Japão
Duração: 97min

Sinopse: Esforçado minerador vive à procura de emprego, conseguindo serviços rápidos em diversos locais. Aonde vai arrasta seu filho, criança silenciosa, acompanhante de todos os seus passos. Certo dia, recebe a recomendação de uma mina e ao se guiar por um mapa vai parar num vilarejo abandonado, cujos habitantes fugiram sob o perigo de um desabamento. Nesse estranho lugar apenas uma mulher ficou. Aguardando notícias de seu amante desaparecido. Nenhum deles sabe que o lugar permanece assombrado por espíritos de pessoas mortas... Continuando à procura da mina, o homem passa a ser perseguido na desértica região por uma misteriosa figura vestida de branco com uma mala de couro.

Comentário: É um filme bem legal, a história em si te prende muito bem, mas me pareceu que ficou com vários pontos onde poderia haver um melhor desenvolvimento. O próprio personagem da criança, observadora e silenciosa, ficou perdida durante o filme. Mas a trama geral eu gostei bastante e tem cenas muito fodas primorosas. Gostei do desfecho, pode parecer broxante para alguns, mas achei que ficou do jeito que tinha que ser, nada de contar tudo mastigadinho, te deixa pensando. Há muita simbologia e sacadas de coisas entre os mundos dos vivos e dos mortos que é muito legal. Recomendo. Um filme simples, com um elenco que trabalha muito bem junto e com uma direção bem competente. Depois de um tempinho que assisti e fiquei pensando, comecei a gostar mais dele.



quarta-feira, 3 de junho de 2015

O ECLIPSE

Título Original: L'Eclisse
Diretor: Michelangelo Antonioni
Ano: 1962
País de Origem: Itália
Duração: 126min

Sinopse: Após brigar com o namorado, Vittoria se apaixona por Piero, um sedutor e materialista corretor da Bolsa de Valores. Apesar do real interesse de Vittoria, Piero não deseja um relacionamento sólido, por conta da sua personalidade volúvel.

Comentário:  Terceiro e último filme da trilogia da incomunicabilidade do Antonioni, prefiro bem mais A Noite, mas este é melhor que A Aventura, pra mim. Esta sinopse do filme está bem furada, não acho que Vittoria se apaixonou por Piero, vejo um relacionamento completamente desprovido de amor entre os dois. Vittoria está perdida, querendo esquecer um relacionamento do qual acabou de sair, sem lugar no mundo, tomando decisões de vida que não consegue. Vittoria é como o prédio em construção que nunca é terminado no filme, é como o bebê que é levado sem decisão para um lado e pelo outro, como o pedaço de madeira boiando sem sentido em um tonel cheio de água. Piero é um tremendo babaca, fútil no mais amplo sentido da palavra, que se importa somente com bens materiais. O casal não tem nada haver, em nenhum momento me convenceram como casal apaixonado e creio que é esta a intenção do diretor. Pra mim, teve algo no filme que ficou faltando, não sei bem o que, mas é muito diferente de sensação de obra prima que senti quando terminou o A Noite.


LAWRENCE DA ARÁBIA

Título Original: Lawrence Of Arabia
Diretor: David Lean
Ano: 1962
País de Origem: Inglaterra
Duração: 207min

Sinopse: Em 1916, em plena I Guerra Mundial, o jovem tenente do exército britânico estacionado no Cairo pede transferência para a península arábica, onde vem a ser oficial de ligação entre os rebeldes árabes e o exercito britânico, aliados contra os turcos, que desejavam anexar ao seu Império Otomano a península arábica. Lawrence, admirador confesso do deserto e do estilo de vida beduíno, oferece-se para ajudar os árabes a se libertarem dos turcos.

Comentário: O filme demora? Demora! A primeira hora passa muito rápido, você nem vê. Tecnicamente é um dos filmes mais perfeitos da história do cinema, só por isto já vale a assistida. David Lean domina a tela como se fossem pinturas de algum artista renascentista. Outra coisa que destaca é a construção do personagem, tão intrincada e magistralmente interpretado por Peter O'Toole. O filme não nos conta a história de um herói, muito pelo contrário, o filme inteiro é sobre a desconstrução do heroísmo. O heroísmo não existe e isto é enfiado na sua goela a força, mas tão sutilmente, que deve ter gente que nem percebe. Destaque para Omar Sharif e Alec Guinness, mas destaque maior para Anthony Quinn, que me surpreendeu mais uma vez (O cara já foi esquimó, grego, índio e agora árabe). A música é um personagem à parte, Maurice Jarre fez uma das mais memoráveis músicas da história do cinema. O filme ganhou sete Oscars, quatro Globos de Ouro e mais um monte de outros prêmios. Tão complexo como a vida de T. E. Lawrence foi, indispensável para qualquer cinéfilo.


segunda-feira, 1 de junho de 2015

PISTOLEIROS DO ENTARDECER

Título Original: Ride The High Country
Diretor: Sam Peckinpah
Ano: 1962
País de Origem: EUA
Duração: 90min

Sinopse: Um envelhecido ex-xerife, Steve Judd (Joel McCrea), é contratado para transportar uma remessa de ouro através de um território perigoso. Ele contrata um velho parceiro, Gil Westrum (Randolph Scott), e seu protegido, o jovem Heck Longtre (Ron Starr), para ajudá-lo. Porém Steve não imagina que Gil e Heck planejam roubar o ouro, com ou sem a ajuda dele. No caminho os três conhecem a jovem Elsa Knudsen (Mariette Hartley), que decide acompanhá-los para poder escapar do seu pai, Joshua Knudsen (R.G. Armstrong), um fanático pregador, e poder se casar com Billy Hammond (James Drury).

Comentário: Já no segundo filme, Sam Peckinpah, consegue corrigir qualquer limitação que tinha como diretor em relação ao primeiro (Parceiros da Morte), é uma baita de uma direção, cenas incríveis e muito bem dirigidas. Venho me desculpar com o Randolph Scott pelo comentário em Cavalgada Trágica (sim, acho que ele trabalhou mal naquele filme, mas não podemos esquecer todos os outros filmes dele), pois aqui ele faz um baita papel e interpreta muito bem, é praticamente a alma do filme. A história é boa, o clima de tensão é excelente, comi todas as minhas unhas e Peckinpah volta a me surpreender cada vez mais. Uma pena que Randolph Scott se aposentou depois deste filme. Vale a menção de Joel McCrea, outra lenda do velho oeste que está muito bem aqui. O elenco, a direção, o roteiro, tudo funciona muito bem. Indispensável pra qualquer fã de faroeste. Ótimo desfecho.


UM TÁXI PARA TOBRUK

Título Original: Un Taxi Pour Tobrouk
Diretor: Denys de La Patellière
Ano: 1961
País de Origem: França
Duração: 95min

Sinopse: Tobruk, 1942. Quatro soldados franceses estão em fuga pelo deserto líbio, após ter o veículo avariado por um avião inimigo e com a morte parecendo certa, surge uma esperança e um soldado alemão como uma pedra no sapato.

Comentário: O filme é uma mistura de tudo, uma porção de filme de guerra, uma colher de filme de comédia, uma pitada de drama e um dos desfechos mais malucos da história do cinema. O filme termina e você fica com aquela sensação de que gostou desgostando. O grande trunfo do filme são as interpretações de Lino Ventura e de Hardy Krüger, os dois estão muito bem e levam o filme inteiro nas costas, outra coisa é o fato de você se apegar aos personagens. De resto é um filme legal, mas nada demais. Tem cenas arrastadas, cenas divertidas, cenas forçadas, cenas bobas e cenas legais. Não entendi porque o filme chama Um Táxi Para Tobruk se eles, na verdade, estão indo embora de Tobruk, indo pra outro lugar. Esperava mais, mas o final fica na cabeça martelando dias depois que assisti ao filme.