terça-feira, 30 de agosto de 2016

17 NINJAS

Título Original: Jushichinin no Ninja
Diretor: Yasuto Hasegawa
Ano: 1963
País de Origem: Japão
Duração: 98min

Sinopse: Um dos maiores Shoguns da história do Japão, Tokugawa Hidetada, está prestes a falecer e só tem 20 dias de vida. Seu filho Tokugawa Tadanaga faz um pacto com a maioria dos Daimyo de Edo no sentido de evitar que seu irmão Tokugawa Iemitsu se torne o terceiro Shogun. No entanto ele não contava com 17 ninjas Igas sobreviventes da batalha de Osaka e que agora prestam serviço ao Shogunato.

Comentários: É um filme legal, que acaba engrenando mais da metade para o final. O começo é meio esquisito, umas baixas já nos primeiros minutos deixa você meio sem saber o que esperar do filme. O negócio começa a pegar mesmo na metade. A história é bem feita e o filme consegue cumprir bem seu papel, a trilha sonora é boa e a direção também é competente. Umas interpretações meio forçadas, mas que é típica desses filmes, principalmente do ninja malvadão interpretado por Jûshirô Konoe. O filme teve uma sequência em 1965 (17 ninjas 2: A Grande Batalha) com alguns atores voltando aos seus papéis, mas com um diretor diferente.


GANGA ZUMBA

Título Original: Ganga Zumba
Diretor: Cacá Diegues
Ano: 1963
País de Origem: Brasil
Duração: 102min

Sinopse: No início do século XVI, alguns negros fugiram dos senhores portugueses e fundaram aldeias negras, como o Quilombo dos Palmares, o mais famoso. Ganga Zumba, neto do Rei dos Palmares, Zumbi, nasceu na senzala e vai tomando contato com a história das lutas e dos problemas de seu povo, ao fugir do cativeiro e tornar-se líder do Quilombo dos Palmares.

Comentário: Bem, o filme tem seus altos e baixos. Algumas cenas de Cacá Diegues são perfeitas, maestria total na direção. Há muitos erros históricos, já que Ganga Zumba antecedeu Zumbi dos Palmares, mas aqui Zumbi já é famoso e está velho enquanto Ganga Zumba ainda se encontra na fuga da senzala. Eliezer Gomes rouba as cenas em que aparece como o conselheiro Anoroba. Luiza Maranhão não tem destaque nenhum como Dandara e o filme se foca em apenas Ganga Zumba ainda novo fugindo para a liberdade. Antonio Pitanga está convincente, mas merecia ter mais destaque ao longo do filme, parece que está mais encanado em se envolver com rabos de saias do que com tudo o que está acontecendo ao seu redor. A cena final é maravilhosa e o filme tem seus momentos, mas no geral poderia ser muito melhor. Participação mais que especial do Cartola.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

NOS DOMÍNIOS DO TERROR

Título Original: Twice-Told Tales
Diretor: Sidney Salkow
Ano: 1963
País de Origem: EUA
Duração: 119min

Sinopse: Três histórias de terror baseadas nos escritos de Nathaniel Hawthorne. Na primeira história intitulada "A Experiência do Dr. Heidegger", Heidegger tenta restaurar a juventude de três amigos idosos. Em "A Filha de Rappaccini", Vincent Price interpreta um pai demente inoculando sua filha com veneno para que ela nunca saia de seu jardim de plantas venenosas. Na história final "A Casa das Sete Torres", a família Pyncheon sofre de uma maldição centenária e enquanto negociam sobre a herança, o irmão Pyncheon tenta escapar de sua sina.

Comentários: O filme começa com a melhor história, "A Experiência do Dr. Heidegger" é tudo o que estas histórias precisam ter, reviravoltas, ótimos diálogos, elementos fantásticos, enfim, prende muito bem. Em "A Filha de Rappaccini" pude voltar a ver a belíssima Joyce Taylor (que já havia comentado sobre na resenha de Atlântida - O Continente Perdido) que está ainda mais bela aqui. A história também é muito boa, Vincent Price assume um papel mais de coadjuvante aqui, deixando o casal jovem no protagonismo sem perder a pose. "A Casa das Sete Torres" é a história com mais clichês, mas eles funcionam muito bem para a história. O filme não fica devendo em nada para clássicos de Roger Corman ou William Castle, tudo funciona muito bem e Vincent Price está cada vez mais conquistando meu coração, é ótimo vê-lo em qualquer papel.




MINHA ESPOSA É UM SUCESSO

Título Original: Il Successo
Diretor: Mauro Morassi
Ano: 1963
País de Origem: Itália
Duração: 100min

Sinopse: Este filme conta a história de um homem casado de 38 anos que está vivendo o "boom" dos anos 60. Quando muitas pessoas na sua idade já estavam fazendo fortuna e vivendo nos mais altos padrões ele permanecia como assalariado de uma empresa imobiliária. Sua frustração continua crescendo desesperadamente na busca por algum dinheiro. Qual o preço que se paga para obtenção do sucesso financeiro? Vale a pena?

Comentário: O filme tem uma mensagem ótima, mas o seu desenrolar é massante, fica martelando sempre na mesma tecla e Gassman está meio que forçado demais no papel. Acho que o ritmo teria sido melhor se Dino Risi (que não sei porque está como não creditado por este filme no IMDB) tivesse sido o diretor, mas por algum motivo ele abandonou o projeto ou foi chamado pra tentar ajudar em algo. O título em português é patético, já que Anouk Aimée quase não aparece no filme, tudo bem que ela é um sucesso, qualquer um sabe disso, mas ficou meio estranho esse título traduzido. Trintignant estava indo bem no papel do amigo, mas parece que depois de um tempo foi deixado de lado. Tirando a mensagem final, algumas partes muito boas como a do personagem de Gassman com o amigo que dá golpes e alguns diálogos muito bons, o filme fica no regular. Nada demais, nada de menos.