sábado, 25 de setembro de 2021

MOBY DICK

Título Original: Moby Dick
Diretor: John Huston
Ano: 1956
País de Origem: EUA
Duração: 115min

Sinopse: Épica versão do grande clássico de Herman Melville, com roteiro adaptado pelo mestre da ficção fantástica Ray Bradbury e direção de John Huston. A trágica história do Capitão Ahab, tomado pela obsessão de perseguir e matar a gigantesca baleia branca que o aleijou e na qual passa a identificar as forças do caos em seu duelo eterno com a humanidade. Sua jornada o colocará em conflito com o pragmático primeiro imediato Starbuck, única alma no navio que não é possuída pelo magnetismo selvagem de seu capitão. Além do horizonte, com seu couro incrustado de antigos arpões, Moby Dick aguarda, majestosa e paciente. Real ou um sonho? Carne e osso ou um símbolo? Os marujos contam histórias, dizem que é imortal.

Comentário: Li o clássico há muito muito muito tempo atrás, parece até que em outra vida, mas foi um livro que me marcou profundamente. Sempre tive receio de assistir a filmes sobre, pois duvidava da possibilidade de se filmar o livro e manter a mesma mensagem. Eu estava certo, mas isso não significa nada. É um belo filme, com um excelente trabalho de Huston na direção, os efeitos podem parecer fracos hoje, mas mesmo percebendo que são baleias de mentira não tira em nada a emoção nas cenas. Gregory Peck é um Ahab maravilhoso na cena final, me tirou o fôlego. Interessante ver como Bradbury junto com o diretor conseguiram fazer uma obra até certo ponto fiel, o trabalho de adaptar Moby Dick é tão difícil que até hoje ninguém conseguiu fazer melhor desde a década de 50. O filme é muito acima da média do que imaginei, mas ainda recomendo o livro.


segunda-feira, 6 de setembro de 2021

CRISE

Título Original: Kris
Diretor: Ingmar Bergman
Ano: 1946
País de Origem: Suécia
Duração: 93min

Sinopse: Nelly, uma jovem de 18 anos, vive com a mãe adotiva numa cidade do interior da Suécia. Tudo muda quando sua verdadeira mãe, proprietária de um salão de beleza em Estocolmo, aparece decidida a levá-la para a cidade grande. Encantada com as posses da mãe, Nelly decide acompanhá-la a Estocolmo, onde conhecerá o lado sombrio da natureza humana. Baseando-se na peça teatral dinamarquesa Coração de Mãe, Bergman realizou um melodrama que reflete a influência do existencialismo, em voga na época, e do realismo poético do francês Marcel Carné (O Boulevard do Crime).

Comentário: Primeiro filme do Bergman, já havia assistido, mas resolvi ver de novo para escrever esta resenha. O filme continua tão bom quanto da primeira vez que eu assistir, uma excelente estreia, pode não ser tão bom quanto alguns que ele realizou depois já no início de carreira, mas trás algumas reflexões bem interessantes.  O sentimento da mãe adotiva que não sabe se age por amor ou egoísmo nos faz pensar em nós mesmos em alguns momentos da vida, mas para mim o personagem de Jack (interpretado muito bem por Stig Olin) é o grande trunfo do filme: ele nos é apresentado como um possível vilão aproveitador quando na verdade vai na contramão de todos os paradigmas deste tipo de personagem, ele está longe de ser um santo, mas é fiel a quem é. Quase um Puck shakespeariano. Única coisa que me incomodou um pouco foi que a personagem de Nelly podia ter um pouco de mais destaque em alguns momentos que parece um pouco apagada.


sábado, 4 de setembro de 2021

ESTRADAS DO INFERNO

Título Original: Jet Pilot
Diretor: Josef von Sternberg
Ano: 1957
País de Origem: EUA
Duração:112min

Sinopse:Jim Shannon (Wayne) é um coronel da aeronáutica comandante de uma base no Alasca, localizada apenas a 40 milhas da União Soviética. A base entra em alvoroço quando, repentinamente, um jato soviético pede demissão para pousar. A surpresa é ainda maior, ao descobrirem que quem pilotava o jato era uma mulher, Anna Marladovna (Leigh), que quer desertar, mas sem a intenção de entregar segredos militares, pois não é uma traidora.

Comentário: Já devo ter dito por aqui que eu sou um esquerdista que ama os filmes do John Wayne. Produção de Howard Hughes (conhecido como o Aviador interpretado pelo Di Caprio) que demorou tanto para ficar pronta que quando saiu os aviões já estavam ultrapassados. Janet Leigh era dona de uma das belezas mais naturais de Hollywood e do sorriso mais bonito. O filme é bobinho, o Wayne odiou o resultado final, mas eu achei ótimo, porque ele consegue zoar tanto o lado capitalista como o comunista, apesar de tender para o americano (óbvio), é engraçado ver a desinformação que se tinha sobre como era o outro lado da Cortina de Ferro (parece um certo povo desinformado do século XXI que vê comunismo em tudo). O resultado final do filme é pura diversão se não ficar levando a sério. Mais uma bela obra com o Wayne. Último filme do diretor Sternberg, que fez história ao dirigir O Anjo Azul.