sábado, 26 de fevereiro de 2022

SEDE DE PAIXÕES

Título Original: Törst
Diretor: Ingmar Bergman
Ano: 1949
País de Origem: Suécia
Duração: 85min

Sinopse: Um jovem casal em crise viaja de trem por uma Europa devastada pela guerra. Durante o trajeto, Ruth e Bertil se lembram de relacionamentos amorosos e conflitos do passado. Nesse processo de rememoração, sentimentos como culpa e medo vêm à tona.
 
Comentário: Pode não ser o melhor Bergman do começo de carreira, mas também não é o pior. Achei muito superior que Música na Noite. Em uma primeira impressão o filme pode parecer chato, bem, talvez ele seja, porque é um reflexo do relacionamento amoroso humano e no âmago da coisa é assim mesmo, chato. Discussões que não levam a lugar nenhum, ciúmes sem sentido, uma falação desnecessária para esconder o silêncio desconfortante. Não digo que todo relacionamento é assim, mas já tive desses. Relacionamento tóxico pode funcionar? O que é funcionar? PT Anderson nos brinda exatamente sobre esses assuntos no seu Trama Fantasma. O filme ainda trás o reflexo da guerra que a Europa ainda vivia naqueles dias em que o filme foi feito. Teria Mimi Nelson interpretado a primeira lésbica do cinema? Acho que pode ser. O filme tem muito mais qualidades que defeitos. E aqui se encerra toda a filmografia do Bergman da década de 40.


sábado, 5 de fevereiro de 2022

O ASSASSINO

Título Original: L'assassino
Diretor: Elio Petri
Ano: 1961
País de Origem: Itália
Duração: 98min

Sinopse: Em “O Assassino”, Marcello Mastroianni interpreta um antiquário meio trapaceiro que se torna o principal suspeito do assassinato de sua amante, uma mulher mais velha. Em seu primeiro longa, o diretor Elio Petri esboça temas que fizeram dele um criador central do cinema político italiano. .

Comentário: Primeiro filme dirigido por Elio Petri, que em um primeiro momento pode parecer simples e superficial, mas depois de assistir fiquei pensando e pensando sobre ele e acabei sendo remetido ao Os Suspeitos (Bryan Singer, 1995), pois em nenhum momento temos um relato do ocorrido de forma imparcial, todas as cenas de flashback são narradas pelo personagem do Marcello Mastroianni. Não há verdades absolutas no filme. A direção é bem competente e a atuação do Mastroianni, como sempre, perfeita. No final há alguns exageros e perdem de explorar alguns aspectos, mas gostei bastante do filme. Hoje em dia daria uma bela discussão sobre ele ter sido estampado na capa de um jornal como assassino enquanto era suspeito, coisa bem comum no jornalismo até hoje.