sábado, 18 de junho de 2022

A ALUCINAÇÃO DE ULYSSES

Título Original: Ulysses
Diretor: Joseph Strick
Ano: 1967
País de Origem: Irlanda
Duração: 120min

Sinopse: Baseado no romance do escritor irlandês James Joyce, Ulisses foi uma das adaptações mais esperadas e polêmicas da tensa relação entre a literatura e o cinema. Diante de um desafio descomunal, Joseph Strick até certo ponto foi fiel ao magistral romance de Joyce, que conta, durante um único dia (16 de junho de 1904), as desventuras do judeu Leopold Bloom pelas ruas de Dublin, onde acompanhamos seu encontro com o poeta Stephen Dedalus (alterego do escritor, personagem principal de Retrato do Artista Quando Jovem) e suas preocupações com a mulher Molly.

Comentário: Assisti apenas depois de uns dois meses que havia terminado o livro, não dá pra negar o trabalho dificílimo que é transpor aquele calhamaço em duas horas de filme e nisso acho que o diretor conseguiu se sair muito bem. Mas não tem como terminar a sessão sem comparações, muito se perde ao longo da película e outras coisas que estão lá ficam jogadas (como a cena do Bloom procurando o cu na estátua de mármore no museu). Mulligan consegue ser mais repugnante que no livro e a cena da alucinação, que inclusive entrou no título nacional, é de um primor ímpar. Os atores também estão muito bem, Fionnula Flanagan novinha, e uns closes de Barbara Jefford maravilhosos. Em certo momento durante a alucinação, Bloom faz uma saudação vulcana famosa de Jornada nas Estrelas, fico imaginando se foi proposital. O filme é acima da média, mas só aconselho assistir depois de ler o livro mesmo.


sexta-feira, 3 de junho de 2022

ISTO NÃO ACONTECERIA AQUI

Título Original: Sånt Händer Inte Här
Diretor: Ingmar Bergman
Ano: 1950
País de Origem: EUA
Duração: 113min

Sinopse: Num desolado país onde as pessoas ignoram os problemas políticos e os conflitos de guerra ocultos no cotidiano, um casal se infiltra como amigo da comunidade. Ele, um agente impiedoso da espionagem internacional, não sabe o que é o amor; está disposto a tudo, até mesmo a sacrificar sua esposa e a família desta; mas ele não sabe do que ela também é capaz.

Comentário: Nunca pensei que eu ia dar uma nota tão baixa para um filme do Bergman. Um filme feito sob encomenda contra o comunismo da União Soviética, o diretor chegou a pedir para as pessoas não assistirem e que não fosse mais exibido. O filme é realmente bem fraco, confuso, com uma direção técnica competente e alguns diálogos afiados, mas é só. Para por aí. Um noir bem no estilo americano, os atores convencem. A melhor definição para o filme que li veio de um comentário de uma usuária do Filmow onde escreve: "É Bergman, mas é um abacaxi". Sim, é um abacaxi.