sábado, 25 de abril de 2020

O PARQUE MACABRO

Título Original: Carnival of Souls
Diretor: Herk Harvey
Ano: 1962
País de Origem: EUA
Duração: 78min

Sinopse: Três amigas apostam corrida num carro, que após bater na murada de uma ponte submerge na água turbulenta e lamacenta do rio. Mary Henry sai da água e não consegue explicar nada do que aconteceu, consegue emprego como organista em uma igreja e muda-se para Salt Lake City. Atormentada pelas visões macabras de um homem que não sabe quem é e por que ele a persegue, o que viria depois, embora tudo parecesse não passar de um pesadelo causado pelo choque do passado, fatos aterradores e o verdadeiro pesadelo estaria só para começar.

Comentário: É um filme que fica dentro da média, mas que não trás nada relativamente que o destaque de outros do gênero, o que é uma pena, pois tinha potencial para ser muito mais do que é. Se não quisessem dar um final mastigadinho, se tivessem abusado um pouco mais do experimental, seria um filme para marcar época. Ele tenta, tem várias cenas que o diretor parece querer sair do padrão Holywood, mas acaba sendo puxado para ele de volta. Acho que se o final ficasse mais aberto e abordassem melhor o conflito entre ela trabalhar em uma igreja dentre outras coisas que está passando, seria um filme inesquecível, mas no fim ficou sendo só um filme regular. Destaque para os olhos arregalados da atriz Candace Hilligoss, vale cada close.


quinta-feira, 9 de abril de 2020

CANAL

Título Original: Kanal
Diretor: Andrzej Wajda
Ano: 1957
País de Origem: Polônia
Duração: 93min

Sinopse: Um agrupamento do Armia Krajowa — o Exército de livre resistência polonesa — tenta escapar de um ataque nazista pelos canais subterrâneos de Varsóvia. Determinados a sobreviver, homens e mulheres se esforçam por um complexo e implacável labirinto, enfrentando a escuridão com a força de suas almas. Baseado em eventos reais, Canal foi o primeiro filme feito sobre o Levante de Varsóvia.

Comentário: Segundo filme da trilogia da guerra de Wajda, ganhador do Prêmio Especial do Juri em Cannes, empatando este ano com O Sétimo Selo de Ingmar Bergman. É um filme que continua forte, que nos faz pensar em como a sociedade de hoje nos parece fraca com tudo o que os que vieram antes de nós tiveram que passar nos horrores da II Guerra Mundial e em tantas outras. Tudo bem que guerras continuam, mas nos parecem distantes e contidas em terras paralelas. A direção de Wajda é perfeita, consegue nos prender em túneis e com personagens que parecem ratos em labirintos por quase todo o filme. A atriz Teresa Isewska rouba a cena, belíssima, uma pena não ter tido uma carreira promissora e ter morrido tão nova ao tomar muitos remédios para dormir. Os vários desfechos nos chocam, nos tiram do ar, nos partem o coração. Wajda era um dos maiores diretores de todos os tempos pra mim. Um filme que merece ser assistido mais de uma vez.