sexta-feira, 26 de junho de 2020

PLANETA PROIBIDO

Título Original: Forbidden Planet
Diretor: Fred M. Wilcox
Ano: 1956
País de Origem: EUA
Duração: 98min

Sinopse: Baseado no drama "A Tempestade", de William Shakespeare, conta a história de um cruzador interplanetário C-57D que aterriza no planeta Altair IV, com o objetivo de resgatar um grupo de cientistas colonizadores que lá haviam aterrissado vinte anos antes com a nave espacial Belerofonte. Os viajantes encontram um filólogo e sua filha, únicos humanos imunes a uma misteriosa força existente no planeta...

Comentário: Tenho que confessar que eu esperava mais, as duas únicas coisas que são realmente relevantes no filme é que que é basedo em uma obra do Shakespeare que foi transportada para um filme de ficção científica e os efeitos especiais. A tripulação da nave é patética, um bando de homens brancos com o mesmo penteado, eu tive dificuldade para diferenciar os personagens. O filme deu uma envelhecida ruim, o machismo da época é evidente demais, mas isto a gente tem que relevar se for assistir uns filmes blockbusters dos anos 50. Os efeitos especiais impressionam, é muito, mas MUITO a frente do seu tempo e isto já faz o filme valer a pena ser revisitado nos dias de hoje, perderam o Oscar para Os Dez Mandamentos do DeMille. Menção honrosa para o robô que é de longe o melhor personagem no filme. Legal também ver o Leslie Nielsen novinho, muito antes de Corra Que a Polícia Vem Aí!


domingo, 21 de junho de 2020

TCHAU, ATÉ AMANHÃ

Título Original: Do widzenia, Do Jutra
Diretor: Janusz Morgenstern
Ano: 1960
País de Origem: Polônia
Duração: 82min

Sinopse: Os grupos de teatro estudantis da Gdank nos anos 50 são o tema deste filme, que conta a história romântica de Jacek e Margueritte, tendo como inspiração a Nouvelle Vague francesa.

Comentário: Primeiro filme do diretor, não fica devendo em nada para Truffaut ou Goddard, com um elenco muito competente. O filme tem vários pontos positivos, o primeiro é a parte técnica da direção, simplesmente de tirar o fôlego. Janusz Morgenstern consegue imagens maravilhosas com uma câmera na mão. Teresa Tuszynska é o segundo ponto, a atriz que faz Marguerite é de arrasar corações, com um carisma e uma beleza que não se vê mais no cinema faz tempo. E o terceiro ponto, para ficar só em três, são as imagens do teatro estudantil, todas as cenas são excelentes, mas o teatro de mãos é de uma sensibilidade que cai muito bem no contexto do filme. Um filme para assistir e reassistir só contemplando sua beleza.


quinta-feira, 18 de junho de 2020

O BOXEADOR E A MORTE

Título Original: Boxer a Smrt
Diretor: Peter Solan
Ano: 1963
País de Origem: Checoslováquia
Duração: 106min

Sinopse: Em um campo de concentração nazista, um prisioneiro aguardando a execução é poupado quando o comandante, um ex-lutador, descobre que ele tem conhecimento de boxe. Cada treino torna-se uma disputa entre a vida e a morte.

Comentário: Um filme bem interessando onde a opressão nazista é contada em um micro universo relacionado ao boxe. No começo o ator que faz o encarregado do campo de concentração não me convenceu nem um pouco como boxeador, mas no decorrer do filme isto para de importar. Uma direção e elenco afiados, mas é o compositor William Bukový que se destaca mais. Alguns atores coadjuvantes conseguem crescer muito em várias cenas, isto também chama bastante a atenção, é engraçado como o diretor monta alguns personagens, como o Willi, que parece ser gente boa e em momentos esquecemos que é um nazista. Uma alegoria do mundo real, cuidado com aquele cara que parece gente boa quando ele é um fascista. Um filme interessante para um estudo de poder e submissão.


sábado, 13 de junho de 2020

AS TRÊS MÁSCARAS DO TERROR

Título Original: I Tre Volti Della Paura
Diretor: Mario Bava
Ano: 1963
País de Origem: Itália
Duração: 96min

Sinopse: Nesta obra inesquecível, Mario Bava nos brinda com seu talento em três pequenos clássicos do cinema de horror. Em "O Telefone", uma mulher é atormentada por ameaças de um ex-amante que fugiu da prisão. No segundo episódio, "O Wurdulak", uma família aguarda o retorno do patriarca mas ele foi contaminado por um vampiro. No último episódio, "O Pingo D'Água", o espírito de uma condessa volta do além para cobrar um anel que lhe foi roubado nos preparativos de seu funeral. Com a participação do lendário Boris Karloff.

Comentário: O filme como um todo diverte, é como aqueles filmes do William Castle ou do Roger Corman. Baseados livremente em contos dos autores Anton Tchekhov, Aleksei Tolstoi e Guy de Maupassant, as três histórias tem pontos altos e pontos baixos e servem como se fossem três curtas, sem ligação nenhuma entre elas. A primeira história é a mais fraquinha, onde ela fica meio deslocada das outras, pois não apresenta nenhum fator sobrenatural, ponto alto é a atriz Michèle Mercier e um plot twist vagabundo. A segunda história é a mais elaborada, mas achei que se estendeu demais, porém tem mais pontos altos que baixos. A presença ilustre de Boris Karloff e ótimas tenções psicológicas funcionam bem, Susy Andersen tira suspiros de nossos olhos. A terceira é muito boa também e consegue acertar no ritmo, uma história simples e mais curta, sem enrolação, onde a parte técnica da direção de Bava se sobressai. Um filme mediano, mas que dá pra se divertir matando o tempo.


quarta-feira, 3 de junho de 2020

UM CORPO QUE CAI

Título Original: Vertigo
Diretor: Alfred Hitchcock
Ano: 1958
País de Origem: EUA
Duração: 128min

Sinopse: Em São Francisco, o detetive aposentado John "Scottie" Ferguson (James Stewart) com fobia de altura é contratado por um homem para seguir sua esposa com tendências suicidas. Após resgata-la de uma queda na baía da cidade, ele fica obcecado pela bela e atormentada mulher.

Comentário: Considerado por muitos como a obra máxima do cinema e completamente esnobado pelo Oscar na época, Um Corpo que Cai tem seus momentos e cria aos poucos uma bela narrativa. Na minha opinião fica abaixo de Cidadão Kane, de Orson Welles, e que apesar de ser um dos melhores do Hitchcock, também acho que fica abaixo de algum de seus próprios filmes, como Janela Indiscreta, Psicose ou Festim Diabólico. O que realmente faz desse filme um marco até hoje é sua qualidade técnica, a direção de Hitchcock está perfeita, a condução do ritmo da história é outra coisa impressionante, tudo se encaixa em um filme de ótima qualidade em vários sentidos. Stewart daquele jeito dele de sempre, mas que sempre nos cativa. O pai definitivo dos Plot Twists!