segunda-feira, 6 de setembro de 2021

CRISE

Título Original: Kris
Diretor: Ingmar Bergman
Ano: 1946
País de Origem: Suécia
Duração: 93min

Sinopse: Nelly, uma jovem de 18 anos, vive com a mãe adotiva numa cidade do interior da Suécia. Tudo muda quando sua verdadeira mãe, proprietária de um salão de beleza em Estocolmo, aparece decidida a levá-la para a cidade grande. Encantada com as posses da mãe, Nelly decide acompanhá-la a Estocolmo, onde conhecerá o lado sombrio da natureza humana. Baseando-se na peça teatral dinamarquesa Coração de Mãe, Bergman realizou um melodrama que reflete a influência do existencialismo, em voga na época, e do realismo poético do francês Marcel Carné (O Boulevard do Crime).

Comentário: Primeiro filme do Bergman, já havia assistido, mas resolvi ver de novo para escrever esta resenha. O filme continua tão bom quanto da primeira vez que eu assistir, uma excelente estreia, pode não ser tão bom quanto alguns que ele realizou depois já no início de carreira, mas trás algumas reflexões bem interessantes.  O sentimento da mãe adotiva que não sabe se age por amor ou egoísmo nos faz pensar em nós mesmos em alguns momentos da vida, mas para mim o personagem de Jack (interpretado muito bem por Stig Olin) é o grande trunfo do filme: ele nos é apresentado como um possível vilão aproveitador quando na verdade vai na contramão de todos os paradigmas deste tipo de personagem, ele está longe de ser um santo, mas é fiel a quem é. Quase um Puck shakespeariano. Única coisa que me incomodou um pouco foi que a personagem de Nelly podia ter um pouco de mais destaque em alguns momentos que parece um pouco apagada.


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