O BONDE

Título Original: Tramwaj

Diretor: Krzysztof Kieślowski

Ano: 1966

País de Origem: Polônia

Duração: 5min

Nota: 8

Sinopse: 

 

Comentário:

SEMENTE DO MAL

Título Original: Mauvaise Graine

Diretores: Billy Wilder & Alexander Esway

Ano: 1934

País de Origem: França

Duração: 105min

Nota: 8

Sinopse: 

 

Comentário:

O TERCEIRO HOMEM

Título Original: The 3rd Man

Diretor: Carol Reed

Ano: 1949

País de Origem: Inglaterra

Duração: 105min

Nota: 10

Sinopse: O romancista Holly Martins viaja para sombria, Viena pós-guerra, apenas para ele mesmo investigar a misteriosa morte de um velho amigo, Harry Lime.

 

Comentário:

A HORA E VEZ DE AUGUSTO MATRAGA

Título Original: A Hora e Vez de Augusto Matraga

Diretor: Roberto Santos

Ano: 1965

País de Origem: Brasil

Duração: 114min

Nota: 9

Sinopse: Augusto Matraga é um fazendeiro violento, que é traído pela esposa, emboscado por seus inimigos, acaba massacrado e é dado como morto. É salvo por um casal de negros e desde então, volta-se para a religiosidade. Mas quando conhece Joãozinho Bem Bem, um jagunço famoso, este percebe nele o homem violento. Daí em diante Matraga vive o conflito entre o desejo de vingança e sua penitência pelos erros cometidos.

 

Comentário: Indicado a Palma de Ouro no Festival de Cannes. É um filmaço! Fazia tempo que eu queria ver e consegui uma cópia muito boa que acredito ser a restauração apresentada em Veneza ano passado (2024). O filme é lindo, Leonardo Villar dá um show, uma história que parece que vai para um lado e nos leva para outro, onde olhamos vários aspectos da nossa própria natureza, de como temos um lado violento, mas temos que aprender a deixar nossa racionalidade assumir mais o controle. Por mais que eu sempre torça o nariz para religião, é importante notar que faz parte enraizada de toda cultura pelo mundo e é interessante como foi usada no filme de maneira honesta, sem cair em pieguices, achei muito bonito. A trilha do Geraldo Vandré é outro espetáculo a parte.

EXPLODA MINHA CIDADE

Título Original: Saute Ma Ville

Diretor: Chantal Akerman

Ano: 1968

País de Origem: Bélgica

Duração: 13min

Nota: 8

Sinopse: Uma jovem se tranca em seu apartamento e cuida de seus afazeres de uma maneira estranha, enquanto desperdiça a noite.

 

Comentário: Primeiro trabalho da diretora filmado em 1968 quando a mesma tinha 18 anos. O talento da diretora já desabrocha aqui (seu impulso suicida que culminou em sua morte também?) e transborda nas cenas em que ela interpreta a si mesma. Agora eu entendi como é que os europeus limpam suas cozinhas sem ralo por aqui (brincadeira). Tanto a direção, como a interpretação e captação do som são muito boas e impressiona mais porque ela parece ter feito o curta inteiro sozinha. Uma diretora que tem feito falta nesses últimos anos. O IMDB classifica o filme no ano de 1971, talvez ele tenha sido exibido pela primeira vez neste ano, não sei, mas ao pesquisar confirmei que ele foi realizado em 1968.

UM SÓ PECADO

Título Original: La Peau Douce

Diretor: François Truffaut

Ano: 1964

País de Origem: França

Duração: 117min

Sinopse: Pierre Lachenay é um editor e palestrante conhecido, casado com Franca e pai de Sabine. Ele inicia um romance com a comissária de bordo Nicole, que Pierre está escondendo, mas não consegue ficar longe dela.

 

Comentário: Indicado a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Achei o filme muito bom, mas se tratando que é um filme do Truffaut, eu sempre espero que seja melhor do que isto. O filme te faz pensar sobre amor, casamento, paixão e todas essas coisas que vem no pacote, mas o personagem principal não chega nem a ser digno de pena de tão idiota em vários aspectos. Mas talvez seja eu que esteja muito longe deste típico comportamento masculino há muito tempo que não entenda mais. Quem chama a atenção é a musa do filme, Françoise Dorléac, deslumbrante (irmã de Catherine Deneuve que morreu em um trágico acidente de carro onde foi queimada viva aos 25 anos de idade). Não deixa de ser um belo filme do diretor, mas aquém de suas obras mais famosas.

OS 39 DEGRAUS

Título Original: The 39 Steps

Diretor: Alfred Hitchcock

Ano: 1935

País de Origem: Inglaterra

Duração: 86min

Sinopse: Um homem em Londres ajuda um agente de contra-espionagem. Mas quando o agente morre e o homem é acusado, ele deve fugir por sua vida e deter uma rede de espiões que tentam roubar informações altamente secretas.

 

Comentário: Este é daqueles filmes que passaram décadas na minha fila de "para assistir". Há todo o estilo que consagraria Hitchcock como um dos grandes diretores de todos os tempos, mas tem algo que me aborrece, que também ocorreu quando assisti "A Sombra de uma Dúvida", que é o desfecho rápido demais tentando consertar toda a bagunça do filme construída até ali. A situação vai se degringolando e quando tudo parece perdido... "BANG!"... Tudo se resolve. Tirando isso o filme é perfeito, o ritmo, a química entre Donat e Carroll. É eletrizante e merece ser visto por quem é fã do diretor, mas se quiser fazer uma seleção só com o essencial, prefiro outros.

SER OU NÃO SER

Título Original: To Be Or Not To Be

Diretor: Ernst Lubitsch

Ano: 1942

País de Origem: EUA

Duração: 99min

Sinopse: Durante a ocupação nazista da Polônia, uma trupe de atuação se envolve nos esforços de um soldado polonês para rastrear um espião alemão.

Comentário: Que filmaço! Eu tinha este filme em VHS quando era adolescente e sempre fiquei de assistir e acabei não vendo. Resolvi tirar da fila vários clássicos este ano e este foi a melhor surpresa até agora. Meu tipo de comédia. Tudo funciona perfeitamente vem. O elenco e a direção estão afiadíssimos e eu, que não sou de rir muito em filmes, consegui dar boas risadas. O que mais chama a atenção é em como Lubitsch consegue trabalhar tão bem o ritmo do filme, ele é dinâmico e não dá tempo para a gente tomar um fôlego. Já começa brilhante na cena inicial e termina da melhor forma possível na cena final. Carole Lombard está mais do que perfeita e Jack Benny dá um show de interpretação. Filmes que não se fazem mais hoje em dia com essas comédias de besteirol americano que eu acho um porre.

SEIS MULHERES PARA O ASSASSINO

Título Original: Sei Donne Per L'Assassino

Diretor: Mario Bava

Ano: 1964

País de Origem: Itália

Duração: 88min

Sinopse: Isabella, uma jovem modelo, é assassinada por uma misteriosa figura mascarada em um estúdio de moda em Roma. Quando seu diário, que detalha os muitos vícios dos funcionários do local, desaparece, o assassino mascarado começa a matar todas as modelos dentro e ao redor para encontrá-lo.

 

Comentário: O filme é maravilhoso esteticamente, provavelmente o trabalho mais primoroso de Bava na direção. Mas no geral é isto, um filme técnico, onde a história é apressada, os personagens não são muito bem trabalhados em tela, não há tempo para que se crie algum vínculo com eles. Depois de um tempo que você assiste, as imagens, as cores e todo o estilo dos anos 60 fica mais na memória do que a história em si, e isto para mim é um problema, porque para mim o roteiro é a alma do filme. Não que a história seja ruim, nada disso, cumpre a proposta bem. No fim acaba sendo um filme muito bom, que poderia ser melhor com uns vinte minutos extras para se trabalhar mais os personagens.

NAS GARRAS DA AMBIÇÃO

Título Original: The Tall Men

Diretor: Raoul Walsh

Ano: 1955

País de Origem: EUA

Duração: 122min

Sinopse: Dois irmãos veteranos ​​do Exército Confederado se juntam a um empresário para uma viagem de gado do Texas a Montana.

Comentário: Fui assistir sem esperar nada e entregou tudo o que eu precisava na madrugada. Um faroeste clássico com absolutamente tudo que um faroeste tem que ter. Personagens caricatos e cativantes, não só Clark Gable está ótima, mas todo o elenco; aventura que passa por vários tipos de problemas típicos e uma personagem feminina forte interpretada por Jane Russell, ela simplesmente toma conta da tela sempre que aparece. Pode parecer clichê, mas quando eu pego um faroeste clássico para assistir é o que quero ver, e a história funciona muito bem em vários aspectos. Um filme subestimado de Raoul Walsh com uma excelente trilha sonora composta por Victor Young (famoso por inúmeras trilhas, inclusive do clássico Depois do Vendaval dirigido pelo lendário John Ford). Impossível não se divertir se você é fã do gênero.

OS GUARDA-CHUVAS DO AMOR

Título Original: Les Parapluies de Cherbourg

Diretor: Jacques Demy

Ano: 1964

País de Origem: França

Duração: 92min

Sinopse: Cherbourg, 1957. Guy Foucher é um jovem de 20 anos que foi criado pela madrinha e trabalha como mecânico de carros. Ele é apaixonado por Geneviève Emery, uma adolescente de 17 anos que ajuda sua mãe viúva no negócio da família: uma loja de guarda-chuvas. Tudo muda quando Guy é convocado para a guerra na Argélia.

Comentário: Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes. O filme é forte, tem uma direção fantástica e cenários que fizeram escola (vide Wes Anderson fazendo sucesso hoje em dia). O casal principal é simplesmente maravilhoso e funciona. Em certo aspecto o filme me remeteu bastante ao filme "Os Girassóis da Rússia", filmado anos depois, acho que a eterna história de amores interrompidos pela guerra. Fiquei surpreso ao ver o personagem Roland Cassard no filme, não sabia que Demy havia dado uma continuação ao personagem depois de Lola, A Flor Proibida (que preciso rever). Confesso que fiquei com uma certa raiva de Geneviève. O final é simplesmente um golpe de cruzado que te nocauteia sem chance nenhuma de se levantar. O lance de ser musical me irritou um pouco até metade do filme, depois eu consegui abstrair. Gosto de filmes musicais, mas estes que cantam os diálogos o tempo inteiro acho que fica muito irreal, não consigo entrar tanto no filme como gostaria.

LOTNA

Título Original: Lotna

Diretor: Andrzej Wajda

Ano: 1959

País de Origem: Polônia

Duração: 87min

Sinopse: Ambientado no início da Segunda Guerra Mundial, quando a cavalaria polonesa ainda lutava com lanças contra as tropas alemãs, Lotna é um cavalo branco puro-sangue que passou por várias mãos em uma unidade militar.

 

Comentário: É um bom filme, está abaixo dos dirigidos por Wajda até aquele momento, mesmo porque a trilogia da guerra dele é bem acima da média, então fica difícil querer comparar. Há alguns pontos de destaque, o primeiro é a direção, Wajda consegue tirar imagens lindas da história que é um pouco simples demais em vários aspectos, segundo ponto é que adorei a música composta por Tadeusz Baird, ele voltou a trabalhar com o diretor em Samson (que preciso rever). Outra coisa é a maravilhosa Bozena Kurowska, que morreu tão jovem no palco durante uma apresentação aos 32 anos (a causa da morte nunca foi divulgada, mas boatos dizem que ela estava com leucemia), ela consegue brilhar em cena. Por último, mas eu sou suspeito para falar, é o cavalo em si, sou um apaixonado por cavalos, é o animal que acho mais bonito (Não cavalgo há anos), Lotna é maravilhoso de se olhar, um tremendo cavalo.

A GRANDE ILUSÃO

Título Original: La Grande Illusion

Diretor: Jean Renoir

Ano: 1937

País de Origem: França

Duração: 113min

Sinopse: Durante a Primeira Guerra Mundial, dois soldados franceses são capturados e presos. Várias tentativas de fuga continuam até serem finalmente enviados para uma fortaleza.

Comentário: Indicado ao Prêmio Mussolini (é, na época da Itália fascista era esse o nome do Leão de Ouro que ainda não havia sido criado) e vencedor do prêmio de Contribuição Artística no Festival de Veneza. Eu tinha esse filme em VHS e nunca havia assistido, um clássico absoluto de Renoir. Acho que o início demora um pouco a engrenar e mostrar ao que veio, mas a partir do momento em que eles mudam de prisão tudo vai tomando um ritmo maravilhoso, o diretor consegue discutir sobre o futuro da Europa antes mesmo dele acontecer, reflexos da aristocracia perdendo lugar para a burguesia industrial e tentas coisas que iriam eclodir a partir daí são nítidos no filme. Há uma cordialidade entre os personagens que faz você pensar em como ela vai por água abaixo depois da derrota da Alemanha até culminar na Segunda Guerra Mundial. Há espaço até para um romance, dá para dizer que o filme é completo com excelentes atuações. Poderia ter mais diálogos entre Boeldieu e Rauffenstein, acho que o filme peca ao não explorar mais a dinâmica entre esses dois personagens.

A TERRA MORRE GRITANDO

Título Original: The Earth Dies Screaming

Diretor: Terence Fisher

Ano: 1964

País de Origem: Inglaterra

Duração: 62min

Sinopse: No Reino Unido, um grupo de sobreviventes luta contra uma invasão alienígena mortal que usa robôs e um gás venenoso para dominar a Terra.

Comentário: Sempre me divirto com os filmes do Fisher, mas eu não esperava que fosse achar este filme tão genial. É nítido o baixo orçamento, mas o diretor prova aqui que muitas vezes menos é mais. O clima de suspense e a maneira que a narrativa é filmada gera um total interesse no espectador, pelo menos para mim foi assim. Adoro esses sci-fi com um visual retrô, e os robôs funcionam perfeitamente, tanto na estética quando no papel dentro da narrativa. O filme é cheio de clichês, mas também consegue fugir deles. O final é meio apressado, mas para mim tudo no filme funcionou. O que mais gostei foi do clima que vai se criando de mistério no começo, sem saber exatamente o que está acontecendo, e a relação entre os personagens, típico desses filmes. Para mim, os anos 60 foram o ápice da criatividade dentro da ficção científica, tudo o que veio depois bebe de alguma forma dessa época. Dos filmes desse gênero feitos na Inglaterra nessa época, este é definitivamente um dos meus preferidos.

A UM PASSO DA ETERNIDADE

Título Original: From Here to Eternity

Diretor: Fred Zinnemann

Ano: 1953

País de Origem: EUA

Duração: 118min

Sinopse: No Havaí, em 1941, um soldado raso é cruelmente punido por não praticar boxe na equipe de sua unidade, enquanto a esposa de seu capitão e o segundo no comando se apaixonam.

 

Comentário: Indicado ao Grande Prêmio e vencedor do Prêmio Especial no Festival de Cannes (não existia a Palma de Ouro nesta época). Sempre quis ver, sempre foi ficando para depois, até que resolvi finalmente assistir. Confesso que esperava mais, principalmente no que diz respeito a parte do romance, afinal a cena na praia é icônica, então esperava uma história arrebatadora. Não é o que acontece. O "amor" é chocho, não convence nem os protagonistas. Frank Sinatra é quem rouba a cena, está muito bem no papel e sua história é a que mais prende até certo ponto, interessante mostrar como os italianos sofriam preconceitos e não eram considerados como pessoas brancas durante muito tempo nos Estados Unidos. O elenco é a força do filme, todos crescem com seus personagens em cena. Com um elenco desse fica fácil, né? O filme é muito bom, acho exagero toda a exaltação em cima dele, mas não deixa de ser um grande filme.

GERAÇÃO

Título Original: Pokolenie

Diretor: Andrzej Wajda

Ano: 1955

País de Origem: Polônia

Duração: 84min

Sinopse: História de jovens durante a ocupação alemã da Polônia na Segunda Guerra Mundial que chegam à idade adulta por meio do amor e da adversidade.

Comentário: Ao rever agora em alta definição, o filme continua tão forte como da primeira vez que o vi. Wajda mostra toda sua genialidade já em sua estreia e realiza aqui o que considero o melhor filme de sua trilogia de guerra. Sem muitos recursos para pagar balas de festim e devido ao fácil acesso a armas devido ao pós-guerra mesmo fazendo uma década, todas as cenas de tiros foram usadas munição de verdade, o que faz a gente pensar em como foram loucos durante as filmagens todos os envolvidos. Nascia aqui toda uma geração do cinema polonês. A história é simples, mas escancara a resistência e resiliência do povo polonês frente a ocupação nazista. Há um forte sentimento comunista que Wajda foi perdendo durante os anos, mas sem perder sua essência no que acreditava. Simplesmente adoro esse filme, o final é avassalador. Estreia também de Roman Polanski, que aparece aqui como ator.

OS SAPATINHOS VERMELHOS

Título Original: Romeo & Juliet

Diretores: Michael Powell & Emeric Pressburger

Ano: 1948

País de Origem: Inglaterra

Duração: 135min

Sinopse: Vicky Page é uma aspirante a bailarina dividida entre sua dedicação à dança e seu desejo de amar. Enquanto seu imperioso instrutor, Boris Lermontov, insiste para que ela esqueça tudo que não seja o balé, Vicky começa a se apaixonar pelo charmoso jovem compositor Julian Craster.

Comentário: Indicado ao Grande Prêmio Internacional no Festival de Veneza (antes de existir o Leão de Ouro havia um prêmio para filmes italianos e outro para filmes internacionais como acontece em Sundance atualmente). Havia assistido umas partes desse filme em um café que eu frequentava anos atrás e sempre quis ver inteiro, mas como eu lembrava do final tentava deixar sempre para depois. O filme é lindo de se ver, a direção é primorosa aos olhos. O desenrolar das coisas segue um certo clichê em alguns aspectos e conforme o filme vai chegando ao final achei a figura de Julian Craster muito pior que do Lermontov no desfecho. Moira Shearer, que era uma bailarina profissional, convence demais como atriz também e desempenha seu papel com louvor, é ela que carrega o filme com sua presença.

ROMEU E JULIETA

Título Original: Romeo & Juliet

Diretor: Franco Zeffirelli

Ano: 1968

País de Origem: Itália

Duração: 138min

Sinopse: Romeu Montague e Julieta Capuleto se apaixonam contra a vontade de suas famílias rivais. Impulsionados pela sua paixão, os jovens amantes desafiam o seu destino e fogem, apenas para sofrerem a tragédia final.

Comentário: Vencedor de dois Oscars e três Globos de Ouro. Lembro de assistir a este filme quando era muito pequeno, talvez tenha sido um dos primeiros filmes que vi na vida e o impacto que teve em mim trás consequências até hoje. Sempre procurei por um amor assim e minha entrega total a relacionamentos sempre me trouxe decepções e depressão. O filme é lindo, os atores estão perfeitos, o desenrolar dos acontecimentos tem um ritmo que faz o filme funcionar muito bem. Mesmo mais de cinquenta anos depois esta continua sendo a melhor adaptação da obra de Shakespeare, para mim não envelheceu em nada e a direção de Zeffirelli continua tão forte quanto quando o filme foi lançado. Olivia Hussey nos deixou no mesmo ano em que a atriz Pat Heywood, que faz sua babá e confidente. Um filme que fica guardado na gente mesmo depois de muito tempo, fazia décadas que não via.

 

VANINA VANINI

Título Original: Vanina Vanini

Diretor: Roberto Rossellini

Ano: 1961

País de Origem: Itália

Duração: 109min

Sinopse:Vanina Vanini, uma condessa romana entediada e mimada, se apaixona por um jovem patriota dedicado que está em Roma para assassinar um traidor da Carbonária, uma sociedade secreta e revolucionária.

Comentário: Indicado ao Leão de Ouro no Festival de Veneza. Um filme bem mediano do Rossellini, parece que não dou sorte ao escolher os filmes do lendário diretor italiano ou realmente meu gosto não bate muito com seus filmes. O filme não é ruim, parece uma adaptação de Romeu e Julieta até certo ponto. Sandra Milo está meio irreconhecível no papel principal. O que mais me chamou a atenção é a cenografia e figurinos que parecem muito próximo com o que acho que devia ser aquela época. O amor dos dois tem momentos que convence, tem outros que nem tanto. Um filme que só vale a assistida se for fã do diretor, para mim foi bastante esquecível, não trouxe nada de novo. Os acontecimentos para o final vão deixando o filme mais interessante. É meio estranho o começo do filme onde somos levados a achar que a Condessa Vitelleschi terá algum papel de destaque no filme e subitamente ela desaparece completamente do filme.