A UM PASSO DA ETERNIDADE

Título Original: From Here to Eternity

Diretor: Fred Zinnemann

Ano: 1953

País de Origem: EUA

Duração: 118min

Sinopse: No Havaí, em 1941, um soldado raso é cruelmente punido por não praticar boxe na equipe de sua unidade, enquanto a esposa de seu capitão e o segundo no comando se apaixonam.

 

Comentário: Indicado ao Grande Prêmio e vencedor do Prêmio Especial no Festival de Cannes (não existia a Palma de Ouro nesta época). Sempre quis ver, sempre foi ficando para depois, até que resolvi finalmente assistir. Confesso que esperava mais, principalmente no que diz respeito a parte do romance, afinal a cena na praia é icônica, então esperava uma história arrebatadora. Não é o que acontece. O "amor" é chocho, não convence nem os protagonistas. Frank Sinatra é quem rouba a cena, está muito bem no papel e sua história é a que mais prende até certo ponto, interessante mostrar como os italianos sofriam preconceitos e não eram considerados como pessoas brancas durante muito tempo nos Estados Unidos. O elenco é a força do filme, todos crescem com seus personagens em cena. Com um elenco desse fica fácil, né? O filme é muito bom, acho exagero toda a exaltação em cima dele, mas não deixa de ser um grande filme.

GERAÇÃO

Título Original: Pokolenie

Diretor: Andrzej Wajda

Ano: 1955

País de Origem: Polônia

Duração: 84min

Sinopse: História de jovens durante a ocupação alemã da Polônia na Segunda Guerra Mundial que chegam à idade adulta por meio do amor e da adversidade.

Comentário: Ao rever agora em alta definição, o filme continua tão forte como da primeira vez que o vi. Wajda mostra toda sua genialidade já em sua estreia e realiza aqui o que considero o melhor filme de sua trilogia de guerra. Sem muitos recursos para pagar balas de festim e devido ao fácil acesso a armas devido ao pós-guerra mesmo fazendo uma década, todas as cenas de tiros foram usadas munição de verdade, o que faz a gente pensar em como foram loucos durante as filmagens todos os envolvidos. Nascia aqui toda uma geração do cinema polonês. A história é simples, mas escancara a resistência e resiliência do povo polonês frente a ocupação nazista. Há um forte sentimento comunista que Wajda foi perdendo durante os anos, mas sem perder sua essência no que acreditava. Simplesmente adoro esse filme, o final é avassalador. Estreia também de Roman Polanski, que aparece aqui como ator.

OS SAPATINHOS VERMELHOS

Título Original: Romeo & Juliet

Diretores: Michael Powell & Emeric Pressburger

Ano: 1948

País de Origem: Inglaterra

Duração: 135min

Sinopse: Vicky Page é uma aspirante a bailarina dividida entre sua dedicação à dança e seu desejo de amar. Enquanto seu imperioso instrutor, Boris Lermontov, insiste para que ela esqueça tudo que não seja o balé, Vicky começa a se apaixonar pelo charmoso jovem compositor Julian Craster.

Comentário: Indicado ao Grande Prêmio Internacional no Festival de Veneza (antes de existir o Leão de Ouro havia um prêmio para filmes italianos e outro para filmes internacionais como acontece em Sundance atualmente). Havia assistido umas partes desse filme em um café que eu frequentava anos atrás e sempre quis ver inteiro, mas como eu lembrava do final tentava deixar sempre para depois. O filme é lindo de se ver, a direção é primorosa aos olhos. O desenrolar das coisas segue um certo clichê em alguns aspectos e conforme o filme vai chegando ao final achei a figura de Julian Craster muito pior que do Lermontov no desfecho. Moira Shearer, que era uma bailarina profissional, convence demais como atriz também e desempenha seu papel com louvor, é ela que carrega o filme com sua presença.

ROMEU E JULIETA

Título Original: Romeo & Juliet

Diretor: Franco Zeffirelli

Ano: 1968

País de Origem: Itália

Duração: 138min

Sinopse: Romeu Montague e Julieta Capuleto se apaixonam contra a vontade de suas famílias rivais. Impulsionados pela sua paixão, os jovens amantes desafiam o seu destino e fogem, apenas para sofrerem a tragédia final.

Comentário: Vencedor de dois Oscars e três Globos de Ouro. Lembro de assistir a este filme quando era muito pequeno, talvez tenha sido um dos primeiros filmes que vi na vida e o impacto que teve em mim trás consequências até hoje. Sempre procurei por um amor assim e minha entrega total a relacionamentos sempre me trouxe decepções e depressão. O filme é lindo, os atores estão perfeitos, o desenrolar dos acontecimentos tem um ritmo que faz o filme funcionar muito bem. Mesmo mais de cinquenta anos depois esta continua sendo a melhor adaptação da obra de Shakespeare, para mim não envelheceu em nada e a direção de Zeffirelli continua tão forte quanto quando o filme foi lançado. Olivia Hussey nos deixou no mesmo ano em que a atriz Pat Heywood, que faz sua babá e confidente. Um filme que fica guardado na gente mesmo depois de muito tempo, fazia décadas que não via.

 

VANINA VANINI

Título Original: Vanina Vanini

Diretor: Roberto Rossellini

Ano: 1961

País de Origem: Itália

Duração: 109min

Sinopse:Vanina Vanini, uma condessa romana entediada e mimada, se apaixona por um jovem patriota dedicado que está em Roma para assassinar um traidor da Carbonária, uma sociedade secreta e revolucionária.

Comentário: Indicado ao Leão de Ouro no Festival de Veneza. Um filme bem mediano do Rossellini, parece que não dou sorte ao escolher os filmes do lendário diretor italiano ou realmente meu gosto não bate muito com seus filmes. O filme não é ruim, parece uma adaptação de Romeu e Julieta até certo ponto. Sandra Milo está meio irreconhecível no papel principal. O que mais me chamou a atenção é a cenografia e figurinos que parecem muito próximo com o que acho que devia ser aquela época. O amor dos dois tem momentos que convence, tem outros que nem tanto. Um filme que só vale a assistida se for fã do diretor, para mim foi bastante esquecível, não trouxe nada de novo. Os acontecimentos para o final vão deixando o filme mais interessante. É meio estranho o começo do filme onde somos levados a achar que a Condessa Vitelleschi terá algum papel de destaque no filme e subitamente ela desaparece completamente do filme.