Título Original: Bonitinha, Mas Ordinária
Diretor: J.P. de Carvalho
Ano: 1963
País de Origem: Brasil
Duração: 106min
Sinopse: Um industrial oferece dinheiro a um de seus empregados para que ele se
case com sua filha de 17 anos, vítima de uma curra. O rapaz, indeciso
entre o enriquecimento fácil e a fidelidade aos seus sentimentos por uma
jovem de sua classe social, a qual será envolvida pelo mundo
inescrupuloso dos ricaços, desmascara a ingenuidade da menina oferecida.
Comentário: Tenho um amigo que sempre diz que todas as respostas para a vida estão no filme Magnólia, bem, não discordo dele, mas eu sempre digo que todas as respostas para a sociedade brasileira estão no Bonitinha, Mas Ordinária e quero ver quem vai discordar de mim. Cinismo, ganância, opressão social, elitismo, machismo, racismo e eu posso ficar aqui colocando adjetivos a noite inteira. Não conhecia essa versão de 1963 e gostei muito, Odete Lara (que nos deixou neste ano de 2015) é de longe a melhor Ritinha de todas as versões e coloca a Vera Fischer no chinelo, portanto esta versão tem coisas melhores e piores com relação a seu remake de 1981 (a versão mais recente eu nem tenho vontade de ver). Jece Valadão atuou, produziu e escreveu o roteiro, parece ter se entregado bastante ao filme com uma atuação que não achei ótima, nem ruim, mas competente. Nelson Rodrigues é mestre, mas quem me conhece sabe que sou suspeitíssimo pra falar, pois adoro esta obra dele, só não dou nota máxima porque teve algumas interpretações forçadas como a da Lia Rossi que não me convenceram.