segunda-feira, 14 de maio de 2018

O CARDEAL

Título Original: The Cardinal
Diretor: Otto Preminger
Ano: 1963
País de Origem: EUA
Duração: 175min

Sinopse: Adaptação do romance de Henry Morton Robinson sobre o jovem Stephen Fermoyle, eclesiástico que está para se tornar Cardeal. Mas até que isso aconteça, ele terá de passar por várias provas - inclusive de fé.

Comentário: Confesso que estava com o pé atrás para assistir este filme, quase três horas, tema religioso, personagem principal é um padre... vamos combinar que não é meu estilo. Mas o filme me surpreendeu positivamente, o roteiro divide o filme em vários momentos: A primeira parte onde Stephen tem que lutar entre fé e razão, a segunda onde tem que cuidar de um pastor enfermo, depois quando resolve se afastar da igreja, seguindo para o problema racial americano e chegando finalmente no início da II Guerra Mundial. O filme narra toda a trajetória de vida do personagem, de noviço até cardeal, e por mais que a atuação de Tom Tryon não seja digna de nota nos anais cinematográficos, achei que ele cativa em vários momentos. Romy Schneider com um papel fraco, aparece bem pouco, podiam ter trabalhado melhor e aprofundado de maneira digna sua personagem. John Huston rouba a cena, sendo inclusive indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante e vencedor do Globo de Ouro pelo papel. Um filme bem feito, com algumas ótimas reflexões, mas vale lembrar que não se pode tratá-lo como uma história real, pois sabemos que a posição da igreja em relação ao nazismo não foi bem como demonstrada na película. Pensando no fato de distorções históricas, o filme acaba caindo bastante no meu conceito e ficando com uma nota mais baixa, e o diretor é bem famoso por distorcer fatos como já comentei no enfadonho Êxodo, achei este bem melhor que o melodrama de Israel, como entretenimento aconselho muito mais à assistir O Cardeal do que Êxodo, por exemplo.

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