Título Original: Bahia de Todos os Santos
Diretor: Trigueirinho Neto
Ano: 1960
País de Origem: Brasil
Duração: 102min
Sinopse: Na Bahia da década de 1940, Tônio é um jovem que vive oprimido pela
miséria e preconceito. Ele foi abandonado pelo pai branco e a mãe negra
está doente e vive com a avó, Mãe Sabina, que mantém um terreiro de
Candomblé, alvo de perseguição policial. Ele foge da família e vive
praticando pequenos furtos e é sustentado por uma amante estrangeira.
Tônio é amigo de Manuel, Pitanga e outros que também são criminosos
menores e se encontram num esconderijo numa praia afastada. O irmão de
Pitanga é estivador e numa greve que reivindica a instalação de um
sindicato é morto pela polícia. Pitanga tenta ajudar o irmão e na briga
um policial também acaba morto, obrigando-o a fugir junto com outros
grevistas. Tônio rouba cinco contos de sua amante e os dá à Pitanga para
ajudá-lo na fuga com os demais. Ele conta à mulher que pegou o dinheiro
mas diz que não foi pra si. Ela deduz que foi para ajudar os
"comunistas" sobre os quais leu nos jornais e, depois de Tônio brigar
com ela e a abandonar, o denuncia para a polícia.
Comentário: Filme interessantíssimo. A direção é muito boa e a história é bem legal.
Os atores são extremamente galhofas, portanto as interpretações são horríveis.
O som está péssimo provavelmente devido ao tempo, o que torna difícil
assistir algumas partes, o que comprova o descaso em preservar nossa cultura. No geral o filme é muito bom, logo no começo tem uma cena sobre preconceito religioso que é mais atual que qualquer outra coisa. Chega a ser assustador como tudo é muito atual com o que ocorre no Brasil hoje (parece que evoluímos muito pouco da década de 40 pra cá). Podemos ver a desgraça que é a policia militar desde os
idos anos de sua fundação. A ação do governo contra greves e a
desgraça de um povo onde a minoria que é elite sempre é privilegiada.
Isto é Brasil, em época de Copa e Protesto, é uma película muito recomendada.
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