Título Original: Akibiyori
Diretor: Yasujiro Ozu
Ano: 1960
País de Origem: Japão
Duração: 128min
Sinopse: Depois da cerimônia fúnebre em homenagem ao marido, Akiko e a filha
Ayako conversam sobre o morto com os amigos Taguchi, Hirayama e Mamiya.
Os três especulam sobre o futuro da moça e propõem que ela se case.
Ayako recusa, alegando que não quer deixar a mãe sozinha. Depois de uma
partida de golfe, os três amigos decidem persuadir a mãe a se casar
novamente, permitindo que Ayako possa se sentir livre para fazer o
mesmo. Taguchi e Mamiya pensam no amigo Hirayama, também viúvo, como o
mais apto a conquistar o coração de Akiko. Mas as coisas não caminham
conforme o esperado e o plano sofre reviravoltas. Considerado uma das
mais inspiradas variações sobre as relações familiares, o tema preferido
do cineasta.
Comentário: Belíssimo filme! O filme tem um "que" da Nouvelle Vague francesa, Yôko Tsukasa é quase
uma Audrey Hepburn japonesa, os amigos me lembraram os três patetas em
alguns momentos e teve enquadramentos que pareciam (para mim) telas do
Matisse com seu tom pastel. Meu ponto é que o cinema ocidental influenciou o cinema oriental,
tanto quanto o cinema oriental influenciou o cinema ocidental, e este
filme é quase a prova viva da globalização da arte dos anos 60, que pra
mim deixa o filme muito mais intenso e com um significado muito maior. Em muitos momentos achei que a mãe alfinetava a filha para que ela
não se casasse e a filha, de uma imaturidade sem tamanha, ficava dando corda para a atitude intrometida da mãe. É como se o filme
tratasse da recusa em amadurecer e em não aceitar as mudanças que a vida
impõe..... mas que os 3 amigos eram sem noção nenhuma..... ah, isso eram.
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