quarta-feira, 15 de junho de 2016

TORMENTOS D'ALMA

Título Original: Pressure Point
Diretor: Hubert Cornfield
Ano: 1962
País de Origem: EUA
Duração: 85min

Sinopse: Num presídio, o chefe de psiquiatria ouve as reclamações de um auxiliar que pensa em desistir do caso de um garoto negro. Ele acha que o chefe, por ser negro, poderá cuidar melhor desse cliente. O chefe então lhe conta sobre um dos seus primeiros pacientes, um prisioneiro seguidor da ideologia nazista, que tem sérios problemas psicológicos por causa da infância problemática. O paciente melhora e as autoridades querem dar a condicional, mas o doutor se nega, pois acha que ele é um homem perigoso.

Comentário: Alguns filmes se estendem demais e criam cenas desnecessárias, em vários comentários aqui eu digo que tal filme tinha que ter 10 minutos a menos ou 20... este peca pelo oposto, o filme podia ter uma meia hora a mais fácil. Sidney Poitier mais uma vez mostrando ser um excelente ator, sem medo de fazer filmes polêmicos, levantando bandeiras em uma época complicada para os negros. Bobby Darin (que já disse ser fã como cantor em vários outros comentários) mostra uma incrível evolução aqui como ator (pra quem viu ele em A Canção da Esperança, passando por Quando Setembro Vier, chegando ao O Inferno é Para os Heróis e finalmente chegando neste aqui, é simplesmente impressionante o salto de desenvolvimento que ele dá no quesito atuação). Um filme forte, que conta com algumas cenas adicionais dirigidas pelo famoso diretor Stanley Kramer (que é produtor do filme), Kramer foi um grande ativista contra o racismo americano, realizado filmes importantíssimos como Acorrentados ou Adivinhe Quem Vem Para Jantar. Achei que algumas coisas foram subaproveitadas no filme, como o papel do sempre maravilhoso Peter Falk. Um filme que vale bastante a pena assistir, mas que podia ter sido melhor se tivessem mais tempo pra desenvolver ainda mais os personagens do Falk e do Poitier. Sempre bom falar abertamente sobre preconceitos e fascismo em um momento tenso como o que vivemos nos dias atuais.


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